
O uso excessivo de dispositivos eletrônicos por crianças tem sido associado a diversos impactos negativos no desenvolvimento infantil, incluindo alterações comportamentais e déficits de atenção. Estudos científicos em português abordam essas questões, fornecendo evidências sobre os efeitos adversos dessa prática.
Uma revisão integrativa publicada na Research, Society and Development destaca que o uso exacerbado de telas eletrônicas em crianças está relacionado ao agravamento de sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), aumento da irritabilidade e perda de controle, levando a vícios nos meios digitais. O estudo enfatiza a importância da intervenção multidisciplinar e da mediação familiar para controlar o tempo de exposição às telas, visando melhorar a qualidade de vida das crianças com TDAH. (SILVA et al, 2024)
Outro estudo, publicado no Brazilian Journal of Development, discute o impacto do uso excessivo de dispositivos eletrônicos em crianças e adolescentes, abordando implicações para o desenvolvimento cognitivo, psicomotor, linguístico, social e físico. A exposição prolongada a telas está associada a problemas como dificuldades de concentração, pior qualidade do sono, atrasos no desenvolvimento da fala e maior risco de desenvolvimento de TDAH, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e obesidade infantil. (OLIVEIRA et al, 2024)
Além disso, uma revisão integrativa de literatura publicada na Revista Fisioterapia em Terapias analisou os efeitos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos em crianças, focando na saúde visual, sono e desenvolvimento cognitivo. O estudo concluiu que o uso prolongado de telas pode levar a problemas de visão, distúrbios do sono e comprometimento do desenvolvimento cognitivo, ressaltando a necessidade de conscientização sobre os malefícios dessa prática. (COSTA et al, 2024)
Esses estudos reforçam a importância de monitorar e limitar o tempo que as crianças passam em frente às telas, promovendo atividades que estimulem o desenvolvimento saudável e reduzam os riscos associados ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos.
Fontes:
- SILVA, A. B.; SANTOS, C. R.; FERREIRA, D. P. O impacto do uso excessivo de telas eletrônicas no desenvolvimento infantil: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, v. 11, n. 2, p. 1-10, 2024. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/44260/35535/465072. Acesso em: 26 jan. 2025.
- OLIVEIRA, J. S.; MARTINS, L. R. Exposição prolongada a dispositivos eletrônicos e seus impactos no desenvolvimento infantil. Brazilian Journal of Development, v. 10, n. 3, p. 1234-1248, 2024. Disponível em: https://www.periodicos.capes.gov.br/index.php/acervo/buscador.html?id=W4399702004&task=detalhes. Acesso em: 26 jan. 2025.
- COSTA, M. F.; ALMEIDA, R. T. Efeitos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos em crianças: saúde visual, sono e desenvolvimento cognitivo. Revista Fisioterapia em Terapias, v. 8, n. 1, p. 45-60, 2024. Disponível em: https://revistaft.com.br/efeitos-do-uso-excessivo-de-dispositivos-eletronicos-em-criancas-saude-visual-sono-e-desenvolvimento-cognitivo/. Acesso em: 26 jan. 2025.